terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Poesia




Caindo No Abismo de Mim Mesma

Cair sem parar E sentir a escuridão, Não mais esperar O que manda o coração. Pisar no chão do nada, Lutar com meu espírito, Iludir-se em ficar calada. Perto do que evito. Obscuro muro, Que rebate à mim sua luz. Contraste de caminho puro, Vai-te voz que me seduz. Crosta grossa, Filho das pedras rochosas, Tende em mim sua graça De um espelho, das amorosas. Sentir cair o manto escuro De uma música, o lugar... Pedir, procurar... Óh! Sussurro... Dos bons gênios a me ajudar. Selvagem luta eufórica De um remoto de voz mansa Caçar as coisas de forma heróica no ego obscuro da esperança. Tempo, o templo do meu eu... Cálice da luz que esparrama. O candelabro que ilumina meu eu quebrou quando procura quem ama. Sal. doce azedo perverso de que sentimento me proporciona? Sotaque suave expresso Nas palavras reais que me posiciona. Salamandras de cristais, bonecos, Cabisbaixos, moribundos, só mudos, Dão silêncio aos barulhos do eco Do tempo, em pó em canudos. Ursos de olhos profundos, De canela de barros, só árduo, Marcos de ruínas, peludos, Ao vento, fogo fátuo. Voar, perfume da luz escura do rosa Cortinas de paredes em fiapos abatida, Do pó das palavras, da prosa, Do corpo coberto de feridas. Caindo no abismo do meu ego, O obscuro é severo e torto, Das maranhadas do passado que pago Na luz da mim mesmo, morto.

(Cláudia Elisabeth Ramos - Sexta-feira, 13 de fevereiro de 1987- Lua Cheia)


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Teatro

Próximo Espetáculo

A Fontes Produções está iniciando os ensaios da Peça "Jogos na Hora da Sesta" de Roma Mahieu. Um clássico polêmico escrito por uma grande escritora. Tudo sob a direção de Dheyser Viega.


Vejam os bastidores:


José Paulo Fontes como Andres.


 Alex M. Vargas como Juninho

Jorge Vater como Sérgio

Silvio Josimar como Diego

Iasmim Cannez como Cláudia

Helena Barreto como Suzana.

 Direção de Dheyser Veiga.

Maura Costa, Iasmin Cannez, Giovana Camargo e Rafaela Dutra.


Todos da Fontes Produções.

 Produção de Cláudia Elisabeth Ramos
 e Rojério Oliveira.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Dicas Caninas


Você Sabia?

A gestação canina dura cerca de dois meses.

Esse é o Toby, meu velho de 15 anos, um SRD. 
Perdeu uma das orelhas brigando com o Thor, 
um border collie. Está surdo, desdentado e meio cedo.




quinta-feira, 16 de maio de 2019

Poesia



Vi-me andando na escuridão.
Uma alma apenas.
Só meus passos pelo chão,
na memória de penas.
Só lembranças de uma paixão,
De azar, açoites e dor.
Dominada pelo coração
Invadido de amor.
Surgem vultos a me procurar
Só meus passos a seguir.
Não sei onde vou parar,
mas procuro prosseguir.
Quero ver na escuridão,
Teu sorriso de amor.
Todo martírio da paixão
Na alma de um sonhador.
Passos fortes na negritude
Somente eu a continuar.
É difícil mudar de atitude.
Só você irei amar.
Vejo-me ainda caminhando
Sem sonhar com nada mais.
Estarei sempre te amando,
Sempre, sempre, só demais.

Cláudia Elisabeth Ramos




terça-feira, 23 de abril de 2019

Teatro


"Ritos da Paixão de Cristo" em Viamão

             Viamão voltou a ser palco da Paixão de Cristo. Foram três dias seguidos em lugares diferentes de Viamão que o Espetáculo "Ritos da Paixão de Cristo. A ASSOCIART – Associação dos Artistas de Viamão (Av. Bento Gonçalves, s/nº) e José Paulo Fontes Produções realizaram o espetáculo , sob a direção de José Paulo Fontes. Foi apresentado ao vivo nas ruas do Centro de Viamão, da Vila São Lucas e da Vila Augusta, durante a semana-santa (dias 17, 18 e 19 de abril). Tratou-se de um espetáculo bem conhecido e tradicional no município com elenco e equipe de produção local. 
             Nomes como Silvio Josimar (como Jesus Cristo), José Paulo Fontes (como Herodes), Dheyser Veiga (como Caifás), Jorge Vater (como Pôncio Pilatos) Márcia Camargo (como Maria) e Julio César (como Judas) estrelaram com um grande elenco. As três apresentações lotaram as praças onde fora apresentadas.
                  Agradecemos aos empresários que acreditaram no potencial criativo do grupo, dando apoio cultural: como a Madeireira Tarumã, Madeireira 6200, a Floricultura Sonhos e Flores, a Serralheria Automoção Peixoto, a Loja Déia, ao Bazar da Cris, ao Supermercado Predalli, ao Supermercado Orso, a GS Fantasia, a Miscelânea e as padarias Bianchi, Sabores do Trigo, Teles e Doçuras da Tatty.

Herodes conta a história de Jesus.

 Última Ceia
Maria pedi a Deus Clemência
Jesus continua pregando sua palavra.
Faz milagres.
Cura.
Protege Maria Madalena.
É atentado pelo Demônio.
Judas recebe 30 dinares pela traição.
Judas entrega Jesus.
Jesus é preso pelos soldados romanos.

Pedro corta a orelha de um dos soldados e Jesus a recoloca.

É levado a Herodes

Salomé pede a Herodes a cabeça de João Batista.

Jesus diante Herodes que o manda para Pilatos.

Pilatos recebe Jesus.

Pilatos liberta Barrabás.

Jesus é coroado com espinhos como Rei dos Judeus.

Jesus é condenado a cruz.

Começa carregar sua cruz.

Jesus carrega sua cruz.

Jesus carrega sua cruz.

Jesus carrega sua cruz.

 Jesus carrega sua cruz.


É crucificado.

Morre na cruz.

Maria o tira da cruz.

Maria sofre.

Jesus ressuscita. 

Elenco agradece aplausos.


sábado, 6 de abril de 2019

Teatro


Paixão e Morte de Cristo 
em Viamão



           Nos dias 17, 18 e 19 de abril, os viamonenses e visitantes terão a oportunidade de acompanhara encenação "Ritos da Paixão de Cristo", uma realização da Prefeitura de Viamão, através da Secretaria da Cultura. O espetáculo narra os últimos dias da vida de Cristo, sua morte e ressurreição. É uma produção conjunta da Associart (Associação dos Artistas de Viamão) e da Fontes Produções Culturais.
      O espetáculo conta com 12 atores, 23 figurantes e a direção de José Paulo Fontes. A Associart e a Fonte Produções já produziram outros projetos teatrais, como o Presépio Vivo e a comédia grega Vega Lisistrada de Aristófanes (apresentado no Teatro Hebraica em Porto Alegre). Será ao Vivo, na rua, livre o acesso de qualquer um. Cláudia Elisabeth Ramos está na equipe de produção.

Datas, Locais e Hora:
Dia 17/04 na Vila São Lucas (Rua Francisco Manoel da Silva) às 19h30min
Dia 18/04 na Vila Augusta (ao Lado da Associação da Vila) às 19h30min
Dia 19/04 no Centro da Viamão (na Praça Júlio de Castilhos){as 18h30min.


VENHAM PRESTIGIAR

Silvio Josimar da Silva será Jesus Cristo

sábado, 9 de março de 2019

Poesia

Foto de Cláudia Elisabeth Ramos


Eu

Eu
Estou atirado pelo mundo
Abandonado pela fé
Arrazado e ofendido
por todos meus amigos.
Preguiçoso, vagabundo,
é como me chamam no mundo.
Sonhador, lunático
é o lema que dizem
que eu levo nas costas.
Abandonado e perdido
pela sabedoria e inocência
das pessoas que vêem
um sonhador pela vida.
Quer ser astro, diretor,
produtor e escritor,
sente fome de vida...
É o que dizem
os meus entes
mais queridos.
Não sei se o que sindo
é mais forte do que
uma facada nas costas.
Tenho medo, mas sei que tem
tem milhares como eu,
que depois de sofrer e morrer
foram conhecidos,
gênios e heróis,
todos sonhadores!
Mas eu, vou subir com vida,
E mostrar a todos
que querer é poder
Vou juntar sonhadores,
pobres e imundos,
juntarei mais dinheiro e,
sem perceber,
serei algo mais...
Mostrarei para todos
que a vida com um destino
não existe sem sonhador.
Que todos compreendam
a quem sonha
e deixem viver como quer...
SENDO APENAS...
UM SONHADOR!


                                           Cláudia Elisabeth Ramos




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Crônica



O Cruzado Furado

Estava no ônibus, indo para casa, quando percebi um bafuá lá na frente do mesmo. Tratei de dar atenção ao acontecimento. Todos olhavam para o chão do veículo e riam. O que será que tinha tanta graça? Era um “Pega você! Eu não! Eia, sai” para todo o lado. Olhei e descobri o motivo: “Uma nota de mil cruzados antigos.” Era um arrasta pé só. Cada um que passava tinha que pisoteá-lo. Era o melhor a fazer.
O ônibus já vazio, um senhor de idade bem avançada, sentou ao lado da nota já bem suja e furada. Olhou-a e começou a rir. Mostrou para um conhecido seu, que estava noutro lado do corredor, que refletiu outro sorriso de negação.
            O Senhor retirou de seu bolso uma nota de quinhentos cruzeiros e disse sorrindo:
            – Se fosse essa, todos queriam pegar.
Uma menina sentou a frente do senhor. E outras pessoas passaram pela nota a chutando para o lado dela. O senhor cutucou a menina mostrando a nota. Ela riu e renegou-a também.  E o velho insistia com a jovem. Ela sorriu e colocou o pé sobre o cruzado. Puxou-a pra lá e para cá com a intenção de rasgá-la. Uma senhora que achei ser a mãe dela passou e a puxou para descer do ônibus. O senhor também levando e preparou-se para desembarcar. Em seguida, desceu.
         A próxima parada era a minha. Levantei e discretamente, quando descia do veículo, passei a mão no pobre cruzado e levei para casa.
           Sempre tive a mania de guardar dinheiro antigo e nunca menosprezei nem mesmo uma moeda de um centavo. Mas não foi este o motivo que me levou a pegá-lo. Na verdade, “mil cruzados” ainda tem valor, ainda que pouco. Se quando formos comprar uma coisa qualquer e faltar um cruzeiro, que equivale a “mil cruzados”, não poderemos leva a mercadoria.
E “mil cruzados” a pouco tempo atrás tinha muito valor. Muita gente passou fome por faltar “mil cruzados”. Como se pode esquecer tão rapidamente um papel que valia um ou dois pratos de comida. Foi a inflação a culpada da perda de seu valor, não a pobre nota. A moeda muda, mas a história fica. Porém o povo esquece, tem memória curta. Não importa que ela tenha salvado a vida de alguém no passado, como no filme “O Dólar furado”. Para quem não viu o filme, era um faroeste onde uma bala tingia o protagonista no peito sobre um bolso onde havia uma moeda de um dólar. E esse dólar salvava o mocinho. Mas voltando, é apenas  “mil cruzados” velho, não tem mais valor, hoje não salva ninguém...

Cláudia Elisabeth Ramos
(25/07/1990)








domingo, 6 de janeiro de 2019

Poesia


Foto de Fernando Volpatto Ramos

Colorido

Há cores
Que pitam o universo
Uma gota no céu
E outra no verso.
De tintas no breu
Elas são um sucesso
E tudo é belo
Ditado pelo azul,
pelo vermelho e amarelo.
Há também o preto
e o branco singelo.
E misturadas criam
infinitas toâncias...
Criam o verde, o rosa
e a roxa esperança.
Da mistura que arde
o arco-iris forma
depois da chuva, a arte...
nas cores que mostra.
Cinco cores fortes
e a infinita criação
Deixa tudo colorido
na imensidão.
Colorido
Criado por cinco
As cores do universo
no que pinto.

(Cláudia Elisabeth Ramos)