segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Livro "Enviados de Blue" de Cláudia Elisabeth Ramos

"Enviados de Blue" é uma aventura de ficção-científica extraordinária.





Sinopse:


            Um planeta azul, assim era Blue. Mas não como a Terra, cheia de água. Ele era azul devido ao seu solo feito de um minério próprio, rico em proteínas e, quando condensado, denso e sólido. O bluepowder, como era chamado o minério, era de fácil manuseio e ótimo para a construção de naves espaciais. A extração do minério foi inevitável. Entretanto, ninguém imaginava que o contato físico dos primeiros mineradores com o bluepowder pudesse acarretar qualquer mutação na estrutura de seus corpos. O resultado criou perseguição e abandono aos primeiros mineradores, enquanto os seguintes passaram a usar trajes especiais para tal. A mineração não podia parar. E assim nasceu os Azuis, povo nativo descendente dos primeiros mineradores. Os Azuis eram fortes, altos (mais de dois metros de altura). Tinham cabelos, pêlos, olhos, sangue, cartilagens (unhas), entre outros órgãos internos, azuis.
        A história de Blue se passa em 3569, quando a Terra comemora 500 anos de exploração do planeta. Até então os Azuis são ignorados pelos terráqueos, como se não existissem. Todavia a extração do minério começa a debilitar ao planeta e a toda a vida existente nele, inclusive os Azuis. Surge a Nocolor, uma doença em toda a fauna e flora do planeta, que se resume na falta de bluepowder nos seus organismos. Essa doença é fatal. Se não for parada imediatamente a extração do minério, toda a vida existente no planeta deixará de existir.
           Buscando parar a extração, os Azuis enviam o inteligente e ágil tenente Light como seu Representante. A primeira norma a ser obedecida é um contato pacífico. Todavia, a presença do tenente não é bem vista pelo comandante do cargueiro-estelar Félix e nem aceito o pedido de cessar a mineração pelo povo terráqueo. A tentativa de assassinato ao enviado fora o segundo passo. E o resultado é guerra, entre Blue e a Terra, entre terráqueos e azuis. Com isso, terráqueos mineradores terão que enfrentar a sabotagem de Light no cargueiro-estelar e o ataque dos Azuis em Blue e no espaço.

Veja o Book Trailer:











sábado, 15 de outubro de 2016

domingo, 14 de agosto de 2016

Pai-Amor (Poesia)

  
                 Armou-se o tempo,
           senti o ar,
           joguei para longe
           o verbo amar
 
                     Gritei para o alto
                     vivi nas ilusões
                     esquei do mar
                     e dos corações.
 
           Fiquei calado,
           sem sentir que perdia,
           deixando de lado
           o brilho do dia
 
                     A mágoa no céu,
                     O irmão sem amor,
                     a mãe na amargura
                     sentindo dor.
 
           Distanciei-me tanto,
           perdido nas ideias do caminho,
           Perdi meu canto
           e senti-me sem carinho
 
                     Enontrei-me com riquezas,
                     mas amor não tinha.
                     Tinha tudo o que queria, menos amor,
                     a culpa é minha.
 
           Sonhei tanto
           que notava o dia
           Rezava para o santo
           sem saber o que queria.
 
                     Um dia olhei o céu
                     e pedi a Deus explicação
                     queria saber o porquê
                     da dor no coração.
 
           Respondeu-me
           com clareza e vida:
           - Esquece o caminho
           e encontrou-se sem saída.
 
                     "Procure o homem certo,
                     que cura o coração.
                     Você precisa muito
                     sentir essa emoção."
 
           "Ele é forte para ti.
           É a força do pensar.
           Tem no rosto um tchã...
           que você sente no ar."
 
                     "É o amigo, conselheiro da vida,
                     se o procurar
                     estará sempre contigo,
                     tirando-o das escondidas..."
 
           "Procure esse homem
           que te criou.
           É o carinho
           de alguém que contigo gritou."
 
                     "Pense bem e responda:
                     Quem é?"
                     - Eu não sei - respondi. -
                     Que homem é?
 
           - Ele é o companheiro,
           teu pai.
           Com elel não precisará gritar
           mais Ai!
 
                     Pai,
                     Semente de amor,
                     neste teu dia
                     esqueci a dor
 
           Obrigado pela vida
           e por me amar tanto.
           Desculpe as entrelinhas
           e por te esquecer num canto.

Cláudia Elisabeth Ramos

(Em homenagem a todos os pais pela passagem do Dia do Pais.
Esse poema foi publicado no Jornal Correio Rural - no dia 15/08/86
em Viamão - RS )
 

 

 
 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Aniversário de meu pai Juarez




           Quero falar aqui é de uma pessoa especial. Como qualquer um, tinha seus defeitos. Mas não quero falar deles, só quero pensar nas coisas boas que fazíamos juntos.  Uma destas coisas boas era quando tomávamos chimarrão ao final da tarde, sentados no pátio, vendo a movimentação da rua. Falávamos de coisas banais, de filmes, do tempo e outras sem importância.
           Também me lembro de quando era pequena e sentávamos diante do “toca disco” a ouvir ópera. Tínhamos a ópera completa “A Serva Patrona” com libreto com a letra e ficávamos a cantar, eu fazendo o soprano e ele, o tenor.  Ríamos muito, pois nenhum de nós cantava bem. Naquela época nem no coral eu estava, mas já conseguia atingir os agudos com facilidades.
           Ainda com a música, quando criança ele gostava de tocar acordeom. Tocava de ouvido. Eu nunca gostei muito desse instrumento, mas cresci dormindo ao som da música dele. Depois quando mais velha, ele teve que vender o acordeom para comprar comida. Eu tentei comprar outro pra ele, mas acabei comprando um estragado e todo comido por cupins que não saía som nenhum. Depois eu comprei para mim um teclado eletrônico que passou a ser tocado mais por ele do que por mim.
           Lembro-me dos trabalhos manuais dele. Ele era muito talentoso, tinha uma grande criatividade que eu sei que herdei dele. Tinha mãos de elfo (não direi de fadas, pois pega mal para ele).  Trabalhos com a madeira era a sua especialidade. Fazia de tudo: brinquedos, móveis e utensílios. Sem falar de como cuidava do pátio e do jardim da casa. Ele deixava tudo em perfeita ordem.
           Outra coisa que me recordo é quando ele estava já com seus 60 anos, e eu tinha que ajudá-lo nos serviços de casa. Eu detestava. A maior parte era serviço de homem e, mesmo eu sendo mulher, tinha que fazê-lo. Eu fazia mais em consideração e respeito do que por vontade. Era cortar a grama, ajudá-lo a arrumar a eletricidade da casa, arrumar janela, motor de carro e etc. Entretanto, agradeço hoje tudo que aprendi com ele. Foram coisas que a maioria das mulheres não fazem, pois eram serviços de “homem”.
           Eu teria muito pra falar dele, já que ele fez parte de minha vida desde que nasci. Hoje ele estaria fazendo aniversário, se estivesse vivo. No dia 30 de setembro de 2005 ele nos deixou e foi para a nossa morada espiritual. Um câncer nos pulmões o ceifou. Ele era o meu pai. Seu nome era Juarez Inácio Ramos. Ele foi e será o homem mais importante de minha vida.  E aqui, agora, faço uma homenagem a ele.

           Pai, eu te amo! De tua filha, Cláudia.





quinta-feira, 30 de junho de 2016

Desenho Fūma Kotarō de Samurai Warriors 2




Esse desenho foi feito por Cláudia Elisabeth Ramos, copiando ilustração da internet no Paint do personagem Fūma Kotarō.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Luz




Luzia
Reluzia
Reluzente
Na Luz
De Luzia

 
(Poema escrito por Cláudia Elisabeth Ramos,
num momento de brincadeira no trabalho
com o nome de uma das fornecedoras, a Dona Luzia.)
 

 
 
 


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Holofotes da gravação do filme "Lua de Outubro" - Fotografia


 
 
Fotógrafo: Cláudia Elisabeth Ramos 


Ópera “L’Elisir D’Amore” de G. Donizetti


 


A ópera “L’Elisir D’Amore” de G. Donizetti foi encenada pelo Coral Filarmônico da Pontifícia Universidade Católica nos dias 15 e 17 de outubro de 1993. Teve como solistas o argentino Gabriel Renaud (como Nemorino, a brasileira gaúcha Adriana de Almeida, o argentino Luiz Gaeta (como Belcorre) e o argentino Oscar Grassi (como Dulcamara). A regência foi de Frederico Gerling Jr. Cláudia Elisabeth Ramos estava entre os coralistas do naipe Soprano.

ATO I
Nemorino está apaixonado por Adina, mas tem a certeza que ela ama Belcore. Dulcamara convence-o a comprar uma poção mágica do amor, mas vende-lhe apenas vinho.

ATO II
Adina concorda casar-se com Belcore, para provocar Nemorino que a ignora. Nemorino, ingressa na vida militar, para ganhar mais dinheiro, para comprar mais poção mágica. Nemorino não sabe que herdou uma grande fortuna, mas toda a aldeia sabe. A raparigas da aldeia perseguem-no, convencendo-o da fiabilidade da poção mágica. Adina, desfaz o acordo, com Belcore, e confessa-lhe o seu amor.

Estudo de Movintos - Desenho



  Desenho em lápis de cor e grafite
 
 


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Senhora da Águas - Pintura



Pintura a Carvão
 

Lago Negro 3 - Foto




Lago Negro - Gramado / RS
 
 

Alucinação Mortal - Conto


 
 
 
 Alucinação Mortal
 
          Silencioso desde o momento que o vi... talvez a imagem fosse a de um espelho. Não, o silêncio dava gritos em meus ouvidos. Resolvi não dizer nenhuma palavra... bem capaz que eu fosse pedir para me falar alguma coisa. O vento caprichou por entre a estrada de areão. Eu poderia cuspir um tijolo: Que poeira! O jipe pulava por entre os buracos do meio do caminho. Uquii! Ouvi um grunhido dele. Estava tão fascinada que nem notei por que havia grunhido. Não tirava os olhos dele e ele da estrada mudando sua face simpática para uma de pavor. Um grito substancial quebrou o espelho... ou o silêncio:
          - Oh, meu Deus!
          Meu corpo enfiava-se em meio aos espinheiros da beira da estrada. O carro rangia estridente. Outro tipo de lata sangrava e amassava meu corpo. O sangue escorria por tudo. Gritei como meu amado:
          - Oh, meu Deus!
          Meus olhos o procuravam, mas mal podia eu enxergar. Estava longe do veículo e meus sentidos desligando-se automaticamente apesar de não sentir dor, estava a procura dele... dele... dele.
           Alguém andava no meio daquele matagal. Pareciam passos de animais quadrúpedes. Vi um cavalo e um homem. Ou era um homem cavalo? Espera aí? Isso não existe! Ele olhou para mim e sussurrou em uma linguagem desconhecida, algo. Veio mais perto e se abaixou. Pegou-me nos braços e carregou-me cuidadosamente. Senti minha carne gemer... via seu rosto... não podia acreditar... Era o meu amor, o dono do jipe. Ele me colocou em uma cama e outro ser estranho - parecia um fauno, mas com o rosto do meu amor - cuidou-me com diversos remédios. Senti distanciar-se e um anjo desceu para perto de mim, também com o rosto dele.
          Senti que estava delirando... ou morrendo. Alucinada por uma paixão que nunca ousou principiar. Deixei uma lágrima cair e vi um jato d'água correr no meu rosto. Uma cachoeira me encharcava. Vi minha vida correr como a última gota de um copo d'água... Eu estava morrendo. Mesmo com os olhos fechados via a figura dele em um caixão. O sangue corria por sua boca como esta cachoeira da vida. Um grunhido e a morte num lugar onde ninguém ousaria passar. O fim do mundo e de meu mundo.
          - Por favor, acorde! - disse uma voz apavorada.
          Abri meus olhos. Era ele novamente, mas desta vez normal. O lugar era todo branco, eu estava deitada e havia homens de branco. Sussurrei:
          - Nós morremos? Estamos no céu?
          - Não...
          - No inferno?
          - Claro que não! Nós estamos muito bem vivinhos. Fomos salvos por uns fazendeiros que passavam pela região. Eles vieram a cavalo e nos levaram a um celeiro perto daqui, onde eles criavam cabras e galinhas. Chamaram uma ambulância e nos levaram para este hospital.
          Eu sorri e tive a chance de abraçar meu amor mais uma vez... Porém ele foi atingido por uma flecha de um centauro e morreu em meus braços. O homem pássaro comeu os miolos de todos os médicos e o fauno dançou ao redor dando risadinhas medonhas. Eu morri naquele momento.
 
Texto de Cláudia Elisabeth Ramos
 Premiado com o 1º Lugar em Conto no
 "VII Concurso Literário Viamonense" (1991)
 Edição Festiva de 250 anos de Viamão.
 

 
 
 

ÓPERA “CAVALERIE RUSTICANA” - Música





 
 



A ópera “Cavalleria Rusticana” de Mascagni foi encenada pelo Coral Filarmônico da Pontifícia Universidade Católica nos dias 15 e 17 de outubro de 1993. Teve como solistas o argentino Carlos Alberto Pizzini (como Turiddu), a uruguaia Rita Contino (como Santuzza), o argentino Ricardo Yost (como Alfio), as brasileiras gaúchas Angela Diel (como Lola) e Geraldina Viçosa (como Manna Lucia). A regência foi de Gilia Gerling. Cláudia Elisabeth Ramos estava entre os coralistas do naipe Soprano.

PARTE I
É domingo de Páscoa num povoado da Sicília. O povoado está reunido na igreja próximo à taverna de Mamma Lucia. Santuzza pergunta a respeito de seu prometido, o soldado Turiddu (hipocorístico siciliano de Salvatore), filho de Mamma Lucia, e ela responde que foi comprar vinho. Chega Alfio, marido de Lola, e solicita uma taça de vinho a Santuzza, e ela lhe responde que Turiddu foi buscar. Alfio não entende, porque viu Turiddu próximo de sua casa.
Tem início à procissão de Páscoa, e todos entram na igreja. Somente Mamma Lucia e Santuzza permanecem fora. Santuzza revela seu sofrimento a Lucia, por saber que Turiddu amava Lola antes de entrar para o exército. Ao voltar, Lola já tinha se casado com Alfio e Santuzza teria sido apenas uma substituta. Lola, desde então, tem se dedicado a seduzir Turiddu.
Chega Turiddu, e Santuzza suplica a ele que não a abandone. Mas Turiddu não faz conta e Santuzza conta a Alfio sobre suas suspeitas. Alfio, furioso, jura vingança.

PARTE II
Sai o povo da igreja, terminada a missa. Vão, então, à taverna de Mamma Lucia comemorar. Turiddu é encarregado de servir aos demais. Alfio o desafia a um duelo, desferindo-lhe uma mordida no lóbulo da orelha.
Antes de enfrentar Alfio, já pressentindo o desfecho, Turiddu roga a Mamma Lucia que cuide de Santuzza. Tem início o duelo. Pouco depois, aparece uma mulher em desespero, avisando Mamma Lucia de que seu filho Turiddu foi morto no duelo.

"Melodia Inacabada" de Cláudia Elisabeth Ramos - Literatura




"Melodia Inacabada"




É uma história de um amor impossível, que passa por várias vidas dos personagens.
É o livro mais espírita da autora.
 

Sinopse:

         A família Bordalo é pobre, vive de mendicância, venda de material reciclável coletado nos lixos e de pequenos furtos. Um dia, quando reviram o lixo de uma mansão antiga de um bairro fino de Porto Alegre, acontece o inesperado. São convidados por um dos moradores a entrarem na sua mansão. O caridoso morador, Rick, é um tanto estranho. Fala um português carregado no sotaque de estrangeiro, veste roupas antigas e é extremamente educado. Trata muito bem à família, principalmente Júlia, a filha mais velha. Júlia se apaixona por Rick no momento em que o vê. E ele parece conhecer como nunca a garota, como se vivesse com ela por longo tempo e a reencontrasse.
        Com o passar do tempo, a família começa a ouvir boatos pela vizinhança da existência de um fantasma na casa, o fantasma de McHarann. Contudo, imaginam ser fruto da crendice e superstição popular. Afinal vivem ali e não vêem nenhum fantasma. Mas as coisas complicam com a visita do Dr. Bordalo, o qual diz ser dono da casa e julga a família invasora. O doutor surpreende-se ao saber que eles foram convidados por Rick. Sabia quem era Rick e temia-o. Além disso, abisma-se ao saber que todos ali tinham o mesmo sobrenome “Bordalo”, existindo um grau de parentesco entre eles. A trama se desenrola com o fortalecer do amor entre Júlia e Rick, as tentativas frustradas do Dr. Bordalo de tirar todos de lá e a figura de um fantasma, invisível aos olhos da família, mas muito bem visível para o doutor e para a vizinhança.




Número de páginas: 132
Edição:
1(2016)
ISBN:
9788591555369
Formato:
A5 148x210
Coloração:
Preto e branco
Acabamento:
Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 75g



Se quiserem comprá-lo, vocês o encontram no site:
 

 

 


Escalada - Desenho





 Desenho em lápis de cor e grafite

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Fantasia - Poesia

 

 
 
Viajar nas cores do arco-íris,
Num sonho sem fim,
entre anjos, seres místicos,
fadas e serafins,
tudo a ir a procurar
o reencontro será mágico sim.
Ah, amar... nos faz sonhar
Fantasia para mim
Felicidade? Creio que sim!
A felicidade é uma fantasia
que camufla a verdade
cobre tudo com os raios do dia
E só se vê bondade.
Na fantasia do amor
há a felicidade de sonhar
na realidade da saudade
por querer voltar a te amar...
 
Cláudia Elisabeth Ramos
 

 

Lago Negro (2) - Foto



Lago Negro - Gramado / RS
 

Fortuna às Humanidade - Pintura



Pintura a Carvão
 
 

Um Mundo - Conto


 
 
 
 Um Mundo
 
          O chão está úmido. Minhas costas sentem sua friagem. Há uma brisa fresca e uma lua linda. Arranha céus não só arranham o céu como o rasgam. Num beco vazio da cidade vejo minha imagem refletida em nuvens escuras de minha vida. Minha vida? Aaaahhhh! Quero gritar, mas gritos e lágrimas são expressões funestas nesta vida-morte. Talvez quando as tivesse ainda eu estivesse viva.
           Espere! A mim, o mundo de um só. Aos outros, a comunidade. Nas nuvens do meu passado vejo: criança - mãe, dois irmãos; adolescente - mãe, padrasto, quatro irmãos, colegas, amigos inimigos; adulta - esposo, vizinhas, colegas; hoje - ninguém. Todos me acusam. Erros? Muitos erros, a nuvem mais carregada. Ser pobre, ter fome, não ter casa, nem emprego, nem ninguém. Não há ninguém dentro do peito. A escuridão da alma-noite é mais fria que a vida, faz parte da solidão.
           É dia. Há uma multidão em minha volta. A minha solidão é a mais profunda. Já que estou sozinha, vou fazer o que quero. Levantar desta laje fria, ressuscitar da sepultura e gritar para mim mesma ouvir. Anunciar a criação de um novo mundo, o meu mundo. O mundo em que sou Deus. Senhora de minhas ações! Pensando bem, criarei algo novo. Aqui se falará a minha língua. Aqui quem tiver menos será o rei. Aqui quem não conhecer ninguém será condecorado. Aqui o nada existirá, mas o nada só fará parte de meu mundo.
           Ei! Vamos brincar? Falemos na minha língua. Anestropio o lasca dod novoader siluadar? Você não entendeu? O que está acontecendo? Querem destruir meu novo mundo? Não, não me coloquem aqui! Não me prendam! Não me levem para aquele lugar horrível. Deixem-me viver em meu mundo. O que tem contra isso? É contra a sociedade? Mas quando eu vivia com vocês me diziam que eu era contra a sociedade. O que há? Sei que não me ouvem. Essa voz vem de meu novo mundo... dos meus sentimentos. Estou adormecendo, morrendo novamente e na minha vida-morte renascendo.
           Não tenho chance de ressuscitar em meu mundo. A lua está coberta de nuvens negras outra vez. Há alguém aqui? Claro que não. O todo que me espera é a liberdade de minha alma. A liberdade em mim mesma, dentro de um hospital psiquiátrico. Estou louca. Louca? Ou só? Sim, em busca de meu mundo destruído, tentando criar um melhor.
 
(Cláudia Elisabeth Ramos)
 
 

"Chamas da Magia" de Cláudia Elisabeth Ramos - Literatura


 


"Chamas da Magia"





É uma fantasia, cheia de aventura. É a história de um mago muito poderoso: o Mago Vermelho.


Sinopse:

         Idade média, século VII – Sebástian era apenas um camponês adolescente com dons sobrenaturais quando foi tirado de seu lar e colocado no meio de uma guerra por ordens do rei. Seu reino de Allauiz estava em guerra com o reino vizinho de Arthamor. Vendo-o matar doze inimigos com seus dons, o mago Dragonar impressiona-se com o rapaz. Convida-o para ser seu aprendiz, entretanto o jovem não pode aceitar. Ele ainda era um soldado e tinha que cumprir a missão como um guerreiro do reino. Dragonar empresta-lhe então um livro de magia, com a promessa do jovem de retornar e vir a ser seu discípulo.
        Sebástian passa a fazer magia como nenhum outro mago jamais fez, sem ter nenhum mestre. Assim se inicia a saga do Mago Vermelho, como o jovem passa a ser conhecido. Seu poder é tamanho que desperta a ira do inimigo do reino, o rei Caspar, e principalmente de seu mago Lagmur. Acompanhado do príncipe Calvin e do conde Nick, o jovem luta por Allauiz, de forma mágica. Somente ele e a magia podem vencer os inimigos do reino, tendo como surpresa o apoio de dragões.



Número de páginas: 222
Edição: 1(2014) 
ISBN: 978-85-915553-4-5
Formato: A5 148x210 
Coloração: Preto e branco 
Acabamento: Brochura c/ orelha 
Tipo de papel: Offset 75g  



Se quiserem comprá-lo, vocês o encontram no site:

https://www.clubedeautores.com.br/book/177723--Chamas_da_Magia#.V7mn8fkrK1s



Conto de Fadas - desenho




Desenho a lápis em grafite

terça-feira, 26 de abril de 2016

Nada - Poesia




 
 
Invisível
é como me veem
Muda
é como me ouvem
Silêncio
é o ruído que faço
Inexistente
assim existo
Eu sou
o vazio
o nulo
o nada

Cláudia Elisabeth Ramos
 
 
 
 


sexta-feira, 11 de março de 2016

Lago Negro (2) - Foto

 
Lago Negro - Gramado / RS
 
 

Alucinação Mortal - Conto





          Silencioso desde o momento que o vi... talvez a imagem fosse a de um espelho. Não, o silêncio dava gritos em meus ouvidos. Resolvi não dizer nenhuma palavra... bem capaz que eu fosse pedir para me falar alguma coisa. O vento caprichou por entre a estrada de areão. Eu poderia cuspir um tijolo: Que poeira! O jipe pulava por entre os buracos do meio do caminho. Uquii! Ouvi um grunhido dele. Estava tão fascinada que nem notei por que havia grunhido. Não tirava os olhos dele e ele da estrada mudando sua face simpática para uma de pavor. Um grito substancial quebrou o espelho... ou o silêncio:
          - Oh, meu Deus!
          Meu corpo enfiava-se em meio aos espinheiros da beira da estrada. O carro rangia estridente. Outro tipo de lata sangrava e amassava meu corpo. O sangue escorria por tudo. Gritei como meu amado:
          - Oh, meu Deus!
          Meus olhos o procuravam, mas mal podia eu enxergar. Estava longe do veículo e meus sentidos desligando-se automaticamente apesar de não sentir dor, estava a procura dele... dele... dele.
           Alguém andava no meio daquele matagal. Pareciam passos de animais quadrúpedes. Vi um cavalo e um homem. Ou era um homem cavalo? Espera aí? Isso não existe! Ele olhou para mim e sussurrou em uma linguagem desconhecida, algo. Veio mais perto e se abaixou. Pegou-me nos braços e carregou-me cuidadosamente. Senti minha carne gemer... via seu rosto... não podia acreditar... Era o meu amor, o dono do jipe. Ele me colocou em uma cama e outro ser estranho - parecia um fauno, mas com o rosto do meu amor - cuidou-me com diversos remédios. Senti distanciar-se e um anjo desceu para perto de mim, também com o rosto dele.
          Senti que estava delirando... ou morrendo. Alucinada por uma paixão que nunca ousou principiar. Deixei uma lágrima cair e vi um jato d'água correr no meu rosto. Uma cachoeira me encharcava. Vi minha vida correr como a última gota de um copo d'água... Eu estava morrendo. Mesmo com os olhos fechados via a figura dele em um caixão. O sangue corria por sua boca como esta cachoeira da vida. Um grunhido e a morte num lugar onde ninguém ousaria passar. O fim do mundo e de meu mundo.
          - Por favor, acorde! - disse uma voz apavorada.
          Abri meus olhos. Era ele novamente, mas desta vez normal. O lugar era todo branco, eu estava deitada e havia homens de branco. Sussurrei:
          - Nós morremos? Estamos no céu?
          - Não...
          - No inferno?
          - Claro que não! Nós estamos muito bem vivinhos. Fomos salvos por uns fazendeiros que passavam pela região. Eles vieram a cavalo e nos levaram a um celeiro perto daqui, onde eles criavam cabras e galinhas. Chamaram uma ambulância e nos levaram para este hospital.
          Eu sorri e tive a chance de abraçar meu amor mais uma vez... Porém ele foi atingido por uma flecha de um centauro e morreu em meus braços. O homem pássaro comeu os miolos de todos os médicos e o fauno dançou ao redor dando risadinhas medonhas. Eu morri naquele momento.
 
Texto de Cláudia Elisabeth Ramos
 Premiado com o 1º Lugar em Conto no
 "VII Concurso Literário Viamonense" (1991)
 Edição Festiva de 250 anos de Viamão.
 
 
 


"No Abismo de Sangue" de Cláudia Elisabeth Ramos - Literatura




"No Abismo de Sangue"






É uma ficção-científica cheia de suspense e terror... É horripilante

Sinopse:


         Uma estranha e gigantesca nave é encontrada pela equipe do ônibus espacial Angel III. Aparentando vazia e abandonada, os tripulantes decidem desbravá-la. Entretanto, no interior da escura e tétrica nave, coisas estranhas começam a acontecer. O medo aumenta ao sentirem que não estão sós. E mais ainda, quando um dos membros da equipe acaba por agir estranhamente após ter sido atacado pelos misteriosos ocupantes da nave e um alienígena é encontrado com vida.
         Tudo isso é aceitável quando apenas cinco astronautas correm perigo diante ao desconhecido. A real luta pela vida estaria apenas começando quando a nave de passageiros Novae Voyager V, com destino a Alfa Centauro, acaba tendo que fazer um pouso forçado na estranha nave. E agora, as vidas de cento e cinquenta tripulantes e mil quatrocentos e trinta e cinco passageiros estão nas mãos do desconhecido. Quem poderá defendê-los? Os cinco astronautas? Ou o alienígena? Mas... podem confiar nele?




Número de páginas: 386 
Edição: 1(2014) 
ISBN: 978-85-915553-3-8
Formato: A5 148x210 
Coloração: Preto e branco 
Acabamento: Brochura c/ orelha 
Tipo de papel: Offset 75g  




Se quiserem comprá-lo, vocês o encontram no site:

 https://www.clubedeautores.com.br/book/173074--No_Abismo_de_Sangue#.VKVFXXyE2ng






Casal na Praia - Desenho



Desenho em lápis de cor e grafite

sexta-feira, 4 de março de 2016

Ópera "Il Guarani" de Carlos Gomes - Música

 


 A ópera “O Guarani” de Carlos Gomes foi encenada pelo Coral da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul nos dias 12,14 e 15 de setembro de 1996. Teve como solistas o mexicano Rafael Rojas (como Peri), a gaúcha Adriana de Almeida (como Ceci), os argentinos Luis Gaeta (como Gonzales), Ricardo Yost (como o Cacique), Luiz Bragato (como D. Antonio) e os gaúchos Leonardo Morello (como D. Alvaro), Sérgio Santos (como Alonso) e Roberto Maduell (como Rui). A regência foi de Frederico Gerling Jr. Cláudia Elisabeth Ramos estava entre os coralistas do naipe Soprano.
 
ATO IA história começa na esplanada da casa de D. Antonio Mariz, fidalgo português, com a chegada de caçadores cheios de entusiasmo por suas aventuras e animais abatidos. Gonzales, um aventureiro, comenta ironicamente o amor de D. Alvaro por Cecília, filha de D. Antonio. Este aproxima-se dos aventureiros e conta que sua filha foi presa pelos índios Aimorés e libertada por Peri, um índio Guarani, que é apresentado a todos. Em seguida, Cecília surge falando de sua felicidade por estar salva, quando seu pai anuncia seu casamento com D. Alvaro. Apesar de não gostar, Cecília cede ao pai. Encontra-se sozinha depois com Peri e ambos cantam os seus sentimentos apaixonados.
 
ATO II
Peri está na sua gruta na floresta, onde revela saber que os aventureiros querem apoderar-se dos bens de D. Antonio, colocando Cecilia em risco. Ele jura protegê-la. Chegam Gonzales, Rui e Alonso que conspiram contra D. Antonio. Os dois últimos afastam-se para contar ao bando o que pretendem fazer. Gonzales e Peri encontram-se e brigam. Os aventureiros reunidos juram fidelidade a Gonzales, que se torna o líder do grupo. No seu quarto, à noite, Cecília canta a esperança de seu amor e adormece. Gonzales invade o aposento e a obriga a acompanhá-lo, quando uma flecha atinge sua mão. Mais uma vez, Cecília é salva por Peri. Alertados pelo barulho, os homens de D. Antonio vêm ao quarto. A casa é simultaneamente invadida pelos Aimorés em guerra. Cecília e Peri são feitos prisioneiros.
 
ATO III
Acontece na tribo Aimoré, onde Cecília e Peri estão presos. O cacique apaixona-se por Cecília e quer poupá-la da morte. Peri toma um veneno porque, uma vez morto e servindo de alimento à tribo, conforme ritual de guerra, matará a todos. Quando chega a hora da morte de Peri, a aldeia é invadida pelos homens de D. Antonio, que travam intensa luta praticamente dizimando a população Aimoré.
 
ATO IV
Os aventureiros tramam matar Peri e D. Antonio e raptar Cecília. D. Antonio já sabe da trama e encontra-se com Peri, que ainda vive graças a um antídoto de ervas da floresta. D. Antonio pede a Peri que vá embora porque irá destruir os aventureiros. Peri concorda, desde que leve Cecília, salvando-a. D. Antonio permite desde que ele se torne cristão, com o que o guarani concorda.
Peri e Cecília vão embora enquanto D. Antonio explode o castelo, matando a todos.


 

O Pensador - Escultura

 
 
  Argila moldada