terça-feira, 22 de março de 2022

Dica Felina

 

Essa é a Pit, minha gatinha especial
(ela tem problemas nas patas trazeiras)

Os gatos chegam na puberdade aos seis a sete meses. Como qualquer adolescente, é o período de maior rebeldia contra ordens.


segunda-feira, 14 de março de 2022

Crônicas

  Série "Crônicas de Guerra"


A Prostituta Japonesa

                          

Estava num cabaré, onde todas as prostitutas eram asiáticas. Praticamente todos os homens que estavam ali eram do exército norte-americano. Eu bebia muito e observava as mulheres. Foi quando eu fixei os olhos numa das prostitutas e vi nela uma japonesa e não como a maioria dali, nativos (Não sei em que país estava. Os nativos eram asiáticos, mas não japoneses. Japoneses eram os inimigos). Não sei dizer o que nela denunciou, mas eu tinha certeza absoluta de que ela era japonesa. Portanto era inimiga.

Tirei o meu revólver da cintura e mirei a arma para a cabeça dela, agarrando-a e prendendo-a contra a parede. Comecei a gritar, ordenando para ela:

– Confesse que é japonesa! – enquanto a empurrava, batendo-a contra a parede.

Ela começou a chorar forte. Todos meus colegas pararam com as brincadeiras, vendo o que eu fazia. Opuseram-se, discutindo comigo, chamando-me de louco, pedindo para eu parar de ameaçar a moça. Alguns colegas meus não conseguiam distinguir os nativos dos japoneses, entretanto eu conseguia. Eu continuei, com certeza absoluta do que falava. E por um triz não atirei na cabeça dela, pois vontade não me faltava.

Aproximou-se de nós então a cafetina, uma senhora asiática muito idosa e pequena (tinha mais de sessenta anos), tentando me fazer parar.

– Por favor, meu jovem, deixe a garota em paz!

Eu olhei para a cafetina e disse, colocando a arma no queixo da garota prostituta:

– Confesse que ela é japonesa se não eu estouro a cabeça dela – ordenei.

Vendo o que eu falava sério e ficando totalmente assustada diante a minha ameaça, a cafetina disse:

– Ela realmente é japonesa! Mas, por favor, não faça nada com ela, solte-a. Ela veio aqui e implorou trabalho – confessou. – Mora a anos aqui.

Todos que estavam ali se calaram, houve um imenso silêncio, dando-me razão. Eu desencostei a arma da garota e a empurrei. O Major Welt se aproximou de nós, olhando para mim, para a garota e para a cafetina.

– Se ela é japonesa, teremos que nos retirar daqui – disse o major. – Soldados americanos não podem ser cliente de japoneses. Eles são nossos inimigos.

A cafetina disse para ele:

– Calma, major! Desse momento em diante, essa mulher não mais trabalha aqui – o major sacudiu a cabeça, concordando. – Deixe seus homens aqui, por favor!

E eu me afastei. Apesar de ter sido rude e violento, sei o que me passava pela cabeça todo o tempo. Aquela mulher podia muito bem ser uma espiã japonesa. Qualquer homem diz muitas coisas na cama. Ela poderia tirar informações secretas de qualquer um de nós e passar para os japoneses. Era por isso que eu havia ficado tão louco. E não tenho certeza que a maioria compreendeu os meus motivos. Mas os oficiais, com certeza entenderam.

domingo, 6 de março de 2022

quarta-feira, 2 de março de 2022

Viver pra quê? (poesia)

Viver pra quê?

Pra sofrer uma nova vida

Pra morrer uma nova esperança

Pra correr numa nova linha

Pra quê?


        Viver pra quê?

        Pra ver e sentir

        Pra ouvir e ficar calado

        Pra falar e ficar cego

        Pra quê?


Viver pra quê?

Se no passo da humanidade

Se no universo dos mortais

O mundo é tão pequeno

Pra quê?


        Viver pra quê?

        Pra sentir o ódio

        Pra sentir amor

        Pra ver a morte em cada coração de dor

        Pra quê?


Viver pra quê?

Pra ver o sangue na mente

Pra se banhar a alma de sangue

Pra falar da morte sem temer

Pra sentir na pele a crueldade de viver!


Cláudia Elisabeth Ramos                                                               

terça-feira, 1 de março de 2022

Livro "No Abismo de Sangue" de Cláudia Elisabeth Ramos

 




Sinopse:

         Uma estranha e gigantesca nave é encontrada pela equipe do ônibus espacial Angel III. Aparentando vazia e abandonada, os tripulantes decidem desbravá-la. Entretanto, no interior da escura e tétrica nave, coisas estranhas começam a acontecer. O medo aumenta ao sentirem que não estão sós. E mais ainda, quando um dos membros da equipe acaba por agir estranhamente após ter sido atacado pelos misteriosos ocupantes da nave e um alienígena é encontrado com vida.

         Tudo isso é aceitável quando apenas cinco astronautas correm perigo diante ao desconhecido. A real luta pela vida estaria apenas começando quando a nave de passageiros Novae Voyager V, com destino a Alfa Centauro, acaba tendo que fazer um pouso forçado na estranha nave. E agora, as vidas de cento e cinquenta tripulantes e mil quatrocentos e trinta e cinco passageiros estão nas mãos do desconhecido. Quem poderá defendê-los? Os cinco astronautas? Ou o alienígena? Mas... podem confiar nele?




Você encontra o livro "No Abismo de Sangue" no site:

https://clubedeautores.com.br/livro/no-abismo-de-sangue