segunda-feira, 27 de junho de 2022

Dividida (poesia)


                                                     Entre o bem e o mal

                                                Entre a luz e a escuridão

                                                Entre o positivo e o negativo

                                                Entre a amizade e a solidão


                        Dividida estou

                        As escolhas a mim pertencem

                        Entretanto é tão difícil

                        quando muitos sentem


                                                Sentimentos ambíguos

                                                Determinam para onde ir

                                                Às vezes pro lado errado

                                                Decidi-se seguir


                        Ninguém quer ser dado ao mal

                        Bonzinho se quer ser chamado

                        Mas as escolhas nos dominam tal

                        Principalmente quando mal-amado...


                                                            (Cláudia Elisabeth Ramos)

terça-feira, 21 de junho de 2022

O livro "O Mal" de Cláudia Elisabeth Ramos

 



Sinopse:


Quando Thales, um assassino frio, cruel e calculista torna-se oferenda em ritual de magia negra, uma metamorfose ocorre em sua alma. Na tentativa de libertar-se da manipulação de seu corpo por doze demônios a mando do bruxo e traficante Braga, a alma do assassino Thales inicia uma luta interior entre o bem e o mal. Talvez mudar seja sua única saída.

Será que Thales vai conseguir mudar seu modo de agir e pensar? Será que ele irá superar o mal que existe dentro de si mesmo? Será que conseguirá interromper o domínio dos doze demônios? Talvez tenha alguma chance se tiver ajuda divina. Para isso, terá que conquistar a amizade e contar com a ajuda de pessoas muito iluminadas, protegidas por muitos anjos. Mesmo assim... Talvez.

 

Dica importante: Leia também “O Bem” de Cláudia Elisabeth Ramos.




Você encontra o livro "O Mal" no site:

https://clubedeautores.com.br/livro/o-mal





quinta-feira, 16 de junho de 2022

Dica Canina e Felina

 

Meu fofo lulu da Pomerânia (Spitz Alemão) Justin.


Nunca se esqueça de oferecer para seu Cão e Gato água fresca. Troque todos os dias e deixe em um lugar longe do sol. 

Seu pet agradece.


sábado, 4 de junho de 2022

Crônicas

  Série "Crônicas de Guerra"


Trincheira

 

Terminávamos de cavar um buraco e colocávamos sacos de areia para ser uma trincheira. Havia uma corda enrolada no  chão. Eu pisei nela e me enrolei, caindo dentro do buraco da trincheira. Fiquei com parte do corpo enrolado na corda, o que me deixou de certa forma amarrado. Caí de lado, em meio à lama do local e com os braços para trás.

Como fiquei amarrado, caído de lado, no meio do buraco cheio de lama, acabei lembrando-me de quando fui torturado e jogado dentro da cova. Minha mente ficou como que saturada daquele momento tão horrível que passei, dos quatro dias dentro de uma cova, amarrado, sem comer, sem beber, tentando sobreviver. Eu não sei como fiquei, mas não consegui mais me mexer apesar de não estar preso realmente e o buraco da trincheira nem ser tão profundo quanto à cova.

A lembrança foi tão forte, que acredito que passei a revivê-la. Ouvia os chamados de meus colegas e não conseguia voltar onde realmente estava.

Ouvi a voz de Flores:

– Coronel, aconteceu algo com o Sargento Irving! Ele está estranho.

Eu queria retornar e voltar a mim, mas não conseguia. Era mais forte a sensação de estar novamente naquela cova, amarrado e ferido.

De repente senti dois tapas fortes dados no meu rosto e vi que já estava fora da trincheira, desenrolado, sentado no chão. Não vi quem deu os tapas. O coronel estava diante de mim, o mexicano num dos lados, no outro Becker e atrás, vários de meus colegas, inclusive Johnson.

O coronel perguntou;

– Está melhor, sargento? – e eu sinalizei com a cabeça que sim. Mas estava desorientado.

– O que estávamos mesmo fazendo? – perguntei confuso.

– O que aconteceu, sargento? – perguntou Flores. – Por que você estava daquele jeito estranho, irlandês?

Eu não respondi e recordei novamente da cova. Becker ousou dizer:

– Você se lembrou de quando foi torturado, amarrado e jogado na cova, não foi, sargento? – sacudi a cabeça, afirmando, triste. – Eu sabia. Vi pela posição que ficou: a mesma que tinha ficado quando foi jogado na cova – Becker reconhecera por ter me visto na cova, quando tinha sido torturado e preparavam para me enterrar vivo.

Becker tocou no meu ombro e sussurrou:

– Não lembre mais daquilo, foi um momento muito ruim, mas já acabou.

Eu não disse nada. Mas era uma coisa difícil de esquecer.