sábado, 26 de fevereiro de 2022

Dica Canina

 

Esse é o Thor, meu Border Collie.

Fique sempre atento as fezes do cão. Elas devem ser sempre durinhas e bem consistentes. Se estiverem moles, atenção. Se tiverem gosmenta pode ser sinal de vermes. Pode ser que venha até com vermes vivos. Daí, leve a um veterinário com urgência.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Crônicas

 

 Série "Crônicas de Guerra"


Monstro

 

Estava dentro de uma trincheira junto com Flores. Estávamos encostados em meio à lama, mas não estávamos em combate. O mexicano me contava:

– Tive um sonho estranho essa noite. Sonhei que estávamos sendo atacados por japoneses, mas eles não eram humanos. Eles eram monstros, tipo mortos-vivos. Nós não conseguíamos matar aqueles monstros. E você estava no sonho, Irlandês!

– Eu? E o que eu fazia? – perguntei curioso.

– Você era um monstro morto-vivo como os japoneses! Todos nós lhe temíamos – disse incluindo-se com nossos colegas. – Mas você era o único que conseguia matar os monstros japoneses. E nós, apesar de lhe temer, tínhamos que ficar com você para vencer os japoneses.

Entristeci com aquele sonho do mexicano, principalmente por ter sido ele quem sonhara. Eu o considerava meu melhor amigo. Controlei-me para não chorar e disse desiludido:

– Até mesmo você, mexicano, me vê como um monstro.

Ele ficou preocupado com minha interpretação e negou:

– Não é verdade! Sou seu amigo! E eu não tenho controle sobre os meus sonhos. Nem sei de onde tirei a ideia de monstros!

Mas eu sabia. Subconscientemente, ele comparou aos japoneses e a mim a monstros. Tive certeza disso. Eu mesmo considerava os japoneses monstros. Eu era um monstro que matava os outros monstros. Não falei mais nada, apenas fiquei olhando para o nada, triste.

Flores tocou no meu ombro e disse:

           – Não fique assim, Irving! – e esmurrou o ar. – Não devia ter lhe contado o sonho.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Ver-te (poesia)

 


Solitário ver-te

Num grande reverso

Ainda tocar-te

Na rima do verso

Assim infinito

Seu tocar

És tão bonito

Que só quero mirar

E... te amar...


(Cláudia Elisabeth Ramos)                              


    

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Livro "O Ente Guerreiro" de Cláudia Elisabeth Ramos

 



Sinopse:


         Quando a sombra da maldade do bruxo cruel Louran cobriu o pacato reino de Relvas-verdes, trouxe também a guerra e a destruição ao mesmo. Gnomos, fadas, duendes, silfos, ondinas, salamandras e elfos pressentem que a natureza corre perigo e decidem criar um Yangrey – um Ente Guerreiro. E para isso, usam o corpo do príncipe Shayer, o qual era apaixonado pela camponesa Elba e que fora assassinado pelo malvado bruxo.
          Após um longo período de treinamento, o Yangrey é introduzido ao mundo material. Deve proteger o príncipe Eduardo, primo de Shayer, ajudá-lo a assumir o trono e a vencer Louran. Mas as coisas se complicam quando o Yangrey tem também como missão incentivar o amor de Elba por Eduardo e garantir o casamento de ambos.
          Além de ter de enfrentar soldados fantasmas, trolls, ogros, dragões, goblins e golems mandados por Louran; o Yangrey tem que lutar contra suas próprias lembranças de quando era Shayer e com o amor por Elba que renasce junto. Uma luta íntima passa a ser vivida pelo Yangrey, colocando em risco todos os planos das entidades, onde só o amor incondicional – a grande ágape – deve vencer. E as coisas se complicam ainda mais quando o inimigo descobre a fraqueza do Ente Guerreiro.






Você encontra o livro "O Ente Guerreiro" no site:

https://clubedeautores.com.br/livro/o-ente-guerreiro







segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Dica Canina

 

Esse é o Justin.


Se você tem cachorro e os ama de verdade, nunca se esqueça das vacinas. elas previnem doenças. Principalmente  a Antirrábica e a Polivalente.




sábado, 12 de fevereiro de 2022

Crônicas

 Série "Crônicas de Guerra"


Marcando um Encontro

 

Era noite. Estava eu e Flores deitados em uma trincheira. Eu ainda trazia no rosto o curativo do tiro que levara no rosto. Era noite e ambos estávamos com os pés para cima, encostado na outra parede da trincheira, olhando o céu. Era um céu lindo, todo estrelado. Admirávamos o céu.

– Com esse céu, você acredita que estamos em guerra, irlandês? – disse Flores.

– Por alguns instantes vamos imaginar que nós não estamos, mexicano – disse.

Ficamos um tempo em silêncio, apenas admirando o céu e as estrelas. Foi então que chegou Johnson na nossa frente, ficando de pé entre eu e o mexicano.

Ele falou voltado para mim:

– Estão lhe chamando de herói, Irving! – riu. – Há dias antes eles estavam todos querendo lhe matar. Entende eles?

– Não quero mais falar no que passou – disse para ele não continuar.

E Flores e eu dissemos juntos:

– Fica quieto, Johnson! Estamos olhando as estrelas.

Johnson olhou ao céu, olhou para nós dois e disse sem dar muita importância:

– É... O céu está bonito.

Depois se sentou ao meu lado. Sussurrou:

– Fez bem em ter matado o Slater. Se eu tivesse visto que ele estava atirando em nós, teria eu mesmo o matado.

– Não fale mais nisso – pedi mais uma vez, sério.

Então veio Arlen, o outro colega afrodescendente, e sentou-se ao lado de Johnson. Ele trazia ainda uma atadura no braço e usava uma tipoia, do tiro dado por Slater nele.

– O que vocês estão fazendo? – perguntou Arlen.

– Olhando as estrelas – disse o mexicano e eu realmente estava.

Ficamos mais um tempo em silêncio. Johnson voltou a falar:

– Devíamos nos reencontrar quando a guerra acabar para nos divertirmos juntos.

Todos gostaram da ideia, inclusive eu. Ele então continuou:

– Onde nos encontraremos? Podemos marcar a data, o local e o horário agora.

Todos concordaram. Houve uma polêmica quanto ao lugar, com todos falando ao mesmo tempo. Éramos quatro e cada um de uma região. E os Estados Unidos é um país muito grande.

– Tem que ser num local neutro, onde nenhum de nós quatro more – disse Flores.

– Nova Iorque – sugeriu Johnson e todos concordaram.

– Eu conheço Nova Iorque – disse.

– O seu irlandês filho da puta – disse Arlen, de forma brincalhona. – Você é estrangeiro e conhece Nova Iorque. Eu sou americano e nunca fui lá.

Tanto Johnson como Flores também disseram que não conheciam Nova Iorque. Eu ri e todos acabaram rindo também.

– Onde em Nova Iorque? – Johnson voltou ao assunto.

– No Central Parque? – sugeriu Arlen.

– Em que parte dele? – perguntei. – Ele é enorme. Sabe de algum marco no parque? – e ele negou, sacudindo a cabeça.

– Vamos mudar o local. Quem sabe na frente do Empire States? – sugeriu Johnson, desistindo do Central Park.

Veio-me a lembrança do King Kong sobre o prédio, na primeira versão do filme, de 1933, relacionando com o nome do prédio. Esse prédio era o mais alto de Nova Iorque daquela época.

– É bom termos cuidado com o King Kong – disse brincando.

Arlen perguntou, sem entender a minha piada:

– O que é isso? Empire States? King Kong?

– É o prédio mais famoso de Nova Iorque – expliquei. – Não viu o filme King Kong? É o prédio que o macacão ficou em cima – ele não disse se vira o filme ou não, mas me pareceu confuso. Achei-me que ele não tinha visto e não quis admitir. – Todos de Nova Iorque sabem onde é e é fácil encontrar. Basta perguntar para qualquer um.

Então todos concordaram até mesmo Arlen, convencido com meus argumentos.

– Ainda falta o dia e o horário – disse o mexicano.

Houve mais uma polêmica e todos voltaram a falar ao mesmo tempo. O nosso problema era que não tínhamos um calendário ali. Queríamos um fim de semana, um sábado ou um domingo.

– Já sei – disse Johnson. – No dia 04 de julho! – Dia da Independência dos Estados Unidos – É feriado, independente de calendário. E acho que é um bom horário às 16 horas. Será melhor que seja daqui a dois anos, em 1945. Acho que a guerra já deve ter terminado antes desse ano. Nós já devemos estar de volta, em casa.

Todos nós concordamos. Johnson então reforçou:

– Então está certo! No dia 04 de Julho de 1945, às 16 horas, na frente do Empire States nos encontraremos. Não vão se esquecer e que ninguém falte.

– Só faltaremos se estivermos mortos – disse Arlen, rindo.

Sussurrei para Johnson:

– Podemos convidar o coronel Lander.

– Não, irlandês! Você pode ser muito “amiguinho” dele, mas que ele é um pé no saco, é – disse Johnson e eu discordei com a opinião dele em pensamento, sem falar nada. – Vamos apenas nós quatro.

Foi então que passou na trincheira, desviando para não pisar sobre nós, o outro afrodescendente, Gordon, o qual eu não era amigo. Ele parou de andar bem no meio de nós, ficando com uma perna entre as minhas e outra entre as de Johnson.

– O que vocês estão combinando? – perguntou ele, pois tinha ouvido parte da conversa.

– Estamos combinando de nos encontrarmos depois da guerra, Gordon! – disse Johnson. – Quer também se encontrar conosco?

Ele sorriu e gostou da ideia. Eu não gostei, pois, como disse, não me relacionava bem com ele. Ainda preferia o coronel. E Johnson nem perguntou se ele podia fazer parte do grupo. Já foi convidando e tinha que aceitar, quisesse ou não. Aceitei, sem dar muita importância.

Todavia, de repente, Gordon foi atingido por vários tiros no peito e caiu morto sobre nós. Nós levantamos rápido, pegamos nossas armas e começamos a revidar vários tiros que vinham do escuro. Não víamos o inimigo. Lembro que eu só via as faíscas de quando os tiros eram lançados das armas, mesmo assim atirava na direção das faíscas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Paz e Amor (poesia)



Tempo...

Em algum Lugar

Sendo

Uma luz no ar

Lutando

Pelo verbo amar

Conseguindo

Somente odiar

Tentando

Viver e estar

Causando

Brigas no lar

Ajudando

Ao mal-estar

Querendo

O bem preservar

Judiando

O coração a acusar

Chorando

Os lábios a sorrir

Sorrindo

O coração a lagrimar

Gritando

Para não partir

Sentindo

A dor de ter

o ódio de se querer

a morte com prazer...

E vivendo com rancor

acabando

A só ter dor

E gritando para o alto

Querendo

Paz e amor!


(Cláudia Elisabeth Ramos)


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Livro "Oklath - Os Sete Poderes de Órtil" de Cláudia Elisabeth Ramos

 


Sinopse:

   Apesar de não ser um considerado um adolescente normal, Márcio nunca imaginara ter alguma coisa com alienígenas. Brasileiro, pobre e honesto tem sua vida, de repente, totalmente transformada ao ser levado junto com outros quatro terráqueos para dentro de uma nave-mãe extraterrestre. Entretanto, esses seres não são nada amistosos. Ameaçam sua vida e o chamam de Oklath.

   Sem perceber, o jovem de apenas 17 anos, envolve-se num conflito intergaláctico. Além disso, recebe um segundo nome – Órtil – e seu destino lhe revela Sete Poderes os quais nunca sonha.


   É uma ficção-científica cheia de aventura. Ótima para os amantes da séries "Guerra nas Estrelas", "Jornada nas Estrelas" e "Galáctica".


Convido você a também assistir o book trailer do livro "Oklath - Os Sete Poderes de Órtil". 





Você encontra o livro "Oklath - Os Sete Poderes de Órtil" no site:

https://clubedeautores.com.br/livro/oklath-os-sete-poderes-de-ortil






segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Dica Felina


Essa é a Amy.
 

Se você recebeu um novo ou se mudou e quer que o seu gato volte sempre pra sua casa, coloque-o diante a um espelho no interior da casa. Assim, ele sempre volta!



sábado, 5 de fevereiro de 2022

Crônicas

 Série "Crônicas de Guerra"


O Búnquer

 

Estava com nossos colegas agrupados com outros militares aliados ao ar livre. Se não me engano eram ingleses e australianos. Sabia que todos estavam conosco graças a um resgate feito por nós. Encontramo-los num campo de prisioneiros. O coronel Lander estava reunido com outros oficiais aliados. Um coronel inglês, Stark, e um major australiano, Phillips. O coronel Stark era branco, muito magro, com uma calvície marcante, olhos verdes e cabelos castanhos claros. O major Phillips também era branco, tinha os cabelos louros e os olhos azuis. Faziam planos, colocando um mapa sobre uma grande pedra. Falavam muitas coisas.

E eu estava junto com Flores e Johnson, descansando, sentado numa pedra; mas olhava a uma pequena distância os oficiais. Prestava atenção neles. Eles falavam sobre dominar um búnquer*, que havia mais a frente. O coronel inglês Stark falava:

– Vamos enviar uma força especial até lá, dominá-lo e depois o resto da tropa segue.

– Tem que ser nossos melhores homens – dizia o major australiano Phillips.

– Acho que devemos mandar seis homens: dois ingleses, dois americanos, dois australianos...

E os três oficiais concordaram. E o coronel Lander disse:

– Vou selecionar meus homens.

Afastou-se deles, vindo em nossa direção, enquanto os outros oficiais iam para as suas tropas. O coronel veio exatamente em minha direção e ordenou-me:

– Venha comigo, Sargento.

Depois foi para mais a frente, a procura de mais alguém. Eu o segui pensativo. Havia ouvido que eles mandariam os melhores homens e se o coronel me chamara, considerava-me um dos melhores realmente.

Logo ele parou a frente de Smith e ordenou:

– Smith, venha conosco!

Obs.: o coronel selecionou logo os mais cruéis da tropa – Smith e eu. Talvez na guerra, os melhores sejam os mais cruéis.

O coronel Lander voltou para diante da pedra com nós dois juntos. Já estava lá o major australiano Phillips com dois homens também. Ficamos parados um tempo até chegar o coronel inglês Stark, com também outros dois homens.

Os oficiais começaram explicar várias coisas, sendo que a maior parte era o coronel inglês quem dizia. Foram várias coisas sobre o búnquer que não saberei contar aqui. Em resumo, eles queriam que nós chegássemos ao búnquer silenciosamente e o dominasse. Queriam que nós evitássemos dar tiros e não fizesse os japoneses atirar. Precisavam que aquele búnquer fosse dominado sem alertar aos outros. Segundo eles, havia uma tropa inimiga bem perto e queriam que eles só nos notassem quando já estivéssemos atacando com as tropas deles.

– O tenente Jenkees vai liderar o grupo de vocês – disse o coronel Stark, apresentando-nos um oficial inglês. Jenkees era branco, de olhos castanhos e cabelos castanhos claros.

E fomos apresentados entre nós. O outro inglês era também o sargento Manson, louro de olhos azuis. O Sargento Coinman era um dos australianos. Ele era branco, de cabelos e olhos castanhos. O outro era o sargento Barr, ele tinha os cabelos louros e os olhos verdes. O menos graduado era Smith, que era soldado. Eu já era sargento. Ninguém era simpático, todos eram sérios e tinham um semblante malvado no rosto. É bem provável que até eu mesmo tivesse.

Seguimos para cumprir a missão afastando-nos da tropa por uma trilha subindo um morro. Ela era cheio de pedras em meio a grandes árvores. Andamos algum tempo até podermos avistar no alto do morro uma construção de concreto escondida, toda camuflada. Eu sabia que aquilo era o búnquer. Fomos rodeando-o, espalhados. Fui o primeiro a chegar à entrada abaixo dele. Havia um soldado japonês andando de um lado para o outro de guarda, no lado de fora. Eu cuidei para não ser visto, escondendo-me nos arbustos e saltei sobre ele. Esfaqueei-o nos rins, tapando a boca dele para não gritar. Ele logo caiu morto e parei na entrada esperando os outros chegarem. Eles logo chegaram atrás. O tenente inglês sinalizou para eu seguir a frente. E fui.

Logo no corredor eu podia ver um soldado japonês que vinha em nossa direção. Escondi-me atrás de uma parede, esperando-o. Quando ele passou por mim, saltei sobre o japonês e passei a minha faca na garganta dele. O tenente Jenkees ainda foi aparando-o enquanto ele caía morto. Segui em frente. Andei pelo corredor sem encontrar ninguém mais. Deparamo-nos com uma entrada de uma escadaria de ferro que subia em espiral. O tenente sinalizou para eu subir. Subi a escada estreita e íngreme entre um espaço de cerca de um metro. Eles vieram atrás. Chegando ao topo, espiei e vi que havia três japoneses ali.

Sinalizei para os outros que vinham atrás, dizendo por sinais quantos eram, e o tenente sinalizou para abrir espaço para ele. Comprimi-me na escada e ficamos três amontoados, sendo o tenente Jenkees, o sargento Manson e eu. Obs. : os três britânicos, afinal, eu era um imigrante irlandês. Quando um dos japoneses aproximou-se e ficou de costas para nós, conversando algo com seus companheiros, ergui-me e saltei sobre ele. Enquanto isso, o tenente e o sargento inglês saltavam sobre os outros dois. Eu cortei a garganta do japonês rapidamente e vi ainda o mais afastado sacar o revólver para atirar no sargento inglês que tentava pegá-lo.

Como tínhamos que ser silenciosos, peguei a mesma faca que trazia em mãos e joguei-a em direção daquele japonês e atingiu-o no pescoço, de frente. Ele ainda tentou segurar o pescoço, largando a arma no chão, mas caiu morto. Olhei para o lado e o tenente tinha matado esfaqueado o outro. Tínhamos conseguido.

Smith chegou ao meu lado e reclamou sussurrando:

– Tinha que matar a maioria deles, sargento?! Não deixou nenhum para mim.

O tenente também me criticou, dizendo em sussurro:

– Era um trabalho de equipe. Se era para um matar todos, teriam mandado um só homem.

Não disse nada, mas senti-me injuriado. Pensei que, se não fosse eu, teria ocorrido um tiro e todo o nosso plano teria ido por água abaixo. Entretanto, eles não estavam errados. Eu realmente tinha matado a maioria dali. Somente o tenente havia matado um. Eu acabara com quatro japoneses.

O tenente Jenkees pegou um rifle e colocou-o encostado na janela. Ela era estreita e longa, própria para se atirar por ela. No cabo do rifle, pendurou um pano verde escuro. Nós sabíamos que esse era o sinal que as tropas precisavam para avançar. Eles veriam através de binóculos.

O tenente ordenou a mim e a Smith:

– Vocês dois, olhem sala por sala do Búnquer. Averiguem se há mais alguém. – Voltou-se aos dois australianos e ordenou: – Vão junto e dividam-se.

Nós quatro descemos as escadas e voltamos aos corredores. Eu e Smith fomos por um lado, ainda em silêncio, e os australianos para o outro. Passamos primeiro por uma sala cheia de armamento. Seguindo mais adiante, chegamos numa que logo ao abrirmos saiu um cheiro de bicho morto. Dentro dela havia quatro corpos de asiáticos civis, duas mulheres e dois homens, empilhados. Eles já estavam apodrecendo. Bem acima estava o corpo de um dos homens. Ele estava com os dedos das mãos cortados, totalmente espancado e nitidamente tinha sofrido torturas.

– Por que torturariam e matariam civis? – perguntou Smith e eu apenas sacudi a cabeça, sinalizado que não sabia.

Smith separou-se de mim e foi numa última sala sozinho. Eu fiquei olhando os corpos, chamando-me atenção que as duas mulheres estavam com as saias rasgadas, sem calcinhas e aparecendo as genitálias. Elas estavam sangrando e feridas, provando que elas tinham sido estupradas. Voltei a olhar para onde Smith tinha ido e ele voltava.

– Era uma cozinha – disse ele.

Voltei para o outro lado e estavam os dois australianos. Eles se aproximaram.

– Não encontramos ninguém – disse Coinman.

Olharam para dentro da sala e Barr questionou o mesmo que Smith:

– Por que fizeram isso com civis?

Ninguém respondeu. E saí dali e voltei para a entrada das escadas.

 

(*Búnquer - Abrigo subterrâneo fortificado e/ou blindado, com grande armamento, construído para dar abrigo em situações de guerra, protegendo aqueles que se abrigam de projéteis.)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Paixão (poesia)




Paixão além da loucura

Ilusão além da procura

Viver só como tortura

Por amar-te, pura



(Cláudia Elisabeth Ramos)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Livro "Ócrun" de Cláudia Elisabeth Ramos

 

  
1.ª Edição                                    2.ª Edição


Sinopse:

     No século XVII, a pequena cidade francesa de Laureville é atormentada pela figura de um provável bruxo. Nascido numa sexta-feira treze do mês de agosto à meia-noite, com lua cheia, era o sétimo filho de uma família já com seis filhas mulheres. Segundo o povo, ainda criança, praticava bruxarias e tinha poderes maléficos. Acusaram-no de matar um padre em uma missa quando tinha apenas doze anos. Expulsaram-no da cidade após muitas tentativas de matá-lo, o que ninguém conseguia. Sete crianças haviam sido encontradas mortas em meio à magia negra, vinho se transformara em sangue e, em uma fuga do bruxo, moradores testemunharam a metamorfose de seu cavalo em um ser alado
        Em meio a essa imagem criada pelo misticismo da época, surge o amor de uma pretendente a ser noviça de um convento e o jovem acusado de ser o bruxo. A jovem descobre um homem extremamente bom, com dons sobrenaturais e benéficos. Testemunhando a inocência, busca convencer a cidade. Mas a situação complica-se ainda mais quando o Vaticano manda a Santa Inquisição cuidar do caso. Ela é tida como enfeitiçada. Será feitiço, ou verdadeiro amor? Como saber diante a tantas dúvidas.


 Com ele, a autora, ganhou o Concurso Literário Biblioteca Rui Barbosa, na Escola Estadual de Ensino Médio Barão de Lucena, em 1986, quando a autora era aluna da escola. É uma história linda de amor proibido.

Convido a você a também assistir o book trailer de meu livro "Ócrun":





Saiba mais pela leitora e comentarista Dry Moraes:







Você encontra o livro "Ócrun" no site:

https://clubedeautores.com.br/livro/ocrun